quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A imagem diz TUDO !!

QUE GLOBO NOJENTA E RIDÍCULA, não ?

Linda letra do Gonzaguinha !!

From United States of Piauí

 

Gonzaguinha


From United States of Piauí
A minha prima lá do Piauí
Deixou de fazer renda só pra ver novela
A minha prima lá do Piauí
Não bebe mais garapa vai de Coca-cola

Luz de candeia não se usa mais
Luz artificial substitui o gás
Calça de couro, alvorá de brim
Deram seu lugar pra tal de calça Lee

A minha prima escreveu pra mim
E não fala venha cá, só fala come here
Vou mandar minha resposta breve
Para o United States of Piauí.



Imagem do dia !!

Uma bela notícia

Internet gratuita nas praças de Cabo Verde


Em Cabo Verde, internet gratuita é oferecida em várias praças públicas, incentivando as conexões entre os moradores e a diáspora caboverdiana; uma rede foi montada entre os escritórios de governo, superando as barreiras geográficas em um país-arquipélago. (foto LCA)

PT OBTÉM VITÓRIA HISTÓRICA NO ESTADO DE SÃO PAULO PSDB TEM SEU PIOR RESULTADO

PSDB TEM SEU PIOR RESULTADO. ELEIÇÃO DEMONSTRA ESTAGNAÇÃO DO PROJETO TUCANO
 
A Executiva do Partido dos Trabalhadores de São Paulo reunida hoje, dia 29 de outubro de 2012, vem a público agradecer aos cidadãos e cidadãs, eleitores (as) paulistas por terem possibilitado ao Partido dos Trabalhadores no estado de São Paulo uma vitória histórica. O melhor resultado da nossa história.
 
O Partido dos Trabalhadores elegeu 68 prefeituras, 55 vices e 675 vereadores e vereadoras nas eleições de 2012. Fomos o partido com a maior votação para cargo proporcional no estado com mais de 3,1 milhões de votos, o que nos levou ao aumento de 175 cadeiras nas Câmaras Municipais em 382 cidades em São Paulo. Vamos governar a partir de 2013, mais de 18,6 milhões de habitantes, o que representa 45,2% da população paulista. Um número bastante significativo.
As urnas mostraram a força do nosso projeto político no estado de São Paulo. O projeto implementado pelo Presidente Lula e hoje liderado pela Presidenta Dilma. O projeto que tirou 30 milhões de brasileiros da miséria, que permitiu que outros 40 milhões ascendessem socialmente. Um projeto que deu estabilidade para a economia, mas com crescimento e com distribuição de renda. Um projeto que fez com que o "Brasil se colocasse em pé perante o mundo" e que foi capaz de criar uma nova agenda mundial. O nosso país se tornou interlocutor das nações que querem uma nova ordem mundial que combata as discrepâncias econômicas e sociais entre os continentes e regiões, que trate a sustentabilidade como algo estratégico e não como tópicos de discursos em conferências internacionais. Foi esse projeto que saiu vitorioso nas eleições 2012.
 
As urnas falaram alto abafando as vozes que tentaram fazer do julgamento do Supremo Tribunal Federal um instrumento de desgaste e até, como muitos alardearam, de destruição do PT. Os setores da imprensa que partidarizaram a leitura dos fatos também saíram derrotados com o resultado das eleições.
 
A sociedade falou em alto e bom tom que o "PT não está e nunca esteve no banco dos réus" e que o Partido dos Trabalhadores é o maior instrumento de construção de uma sociedade justa e igualitária. A resposta a todos os ataques que sofremos foi dada pela população através da manifestação democrática: o voto. As urnas dão ao PT a legitimidade necessária para que continuemos a nossa luta pela construção de um Brasil que seja forte economicamente, mas que acima de tudo seja justo.
 
As urnas em São Paulo também imprimiram ao PSDB, aliados e setores conservadores a pior derrota da história. O PSDB encolheu no número de prefeituras e vereadores. Perdeu em cidades emblemáticas no estado. O balanço dos setores conservadores em São Paulo é o pior possível. Mais uma reposta dada pelo povo paulista tanto ao "cansaço" do projeto tucano no estado como à ofensiva conservadora e autoritária contra o nosso projeto.
 
A nossa vitória no Vale do Paraíba é um exemplo do crescimento do PT em uma região que sempre foi tida como base do PSDB, inclusive por ser a região originária do Governador Geraldo Alckmin. Lá vamos governar nove prefeituras, destacando São José dos Campos, principal polo regional, e Jacareí onde obtivemos o quarto mandato sucessivo.
 
A vitória na Capital de São Paulo tem muito significado político. Ela representa a retomada das nossas bandeiras na cidade. De um projeto que liderado por Marta Suplicy implementou políticas públicas que levaram justiça social e cidadania para as regiões mais empobrecidas. O Governo Marta fez história nas políticas públicas inspirando governos por todo o Brasil. A vitória de Fernando Haddad cria as condições para um novo período de gestão da cidade mais importante da América Latina. O Governo Haddad será um marco para o desenvolvimento de políticas públicas que tornem a cidade de São Paulo um exemplo de desenvolvimento urbano e econômico, mas com justiça social. Não há duvidas que criamos com a vitória na Capital as condições para uma nova correlação de forças na política e para a disputa de hegemonia no estado de São Paulo.
 
Cabe aqui um registro para as nossas vitórias na Grande São Paulo. Desde 2011 temos sofrido uma ofensiva do PSDB na região metropolitana de São Paulo. Tornou-se evidente a existência de uma proposta dos tucanos de disputa da nossa principal base social na região sob o verniz da regionalização das políticas públicas. A Secretaria de Assuntos Metropolitanos tornou-se um nítido instrumento de disputa de hegemonia na nossa base social. Mesmo contabilizando a derrota em Diadema (derrota eleitoral, por fatores conjunturais e não de projeto, já que a identidade da população da cidade é muito forte com o PT), vale aqui ressaltar a retomada em Santo André e as nossas vitórias em São Bernardo, Mauá, Guarulhos - que merece destaque por ser nosso quarto mandato sucessivo -, Osasco, Carapicuíba, Franco da Rocha, Embu das Artes - também no quarto mandato sucessivo - e manutenção de Itapevi (governada pelo PV com apoio do PT, podemos caracterizar como "sucessão"). Na construção de uma política de regionalização da gestão que seja realmente democrática vale ressaltar as vitórias em São José dos Campos e Jundiaí (liderado pelo PCdoB com o PT na vice), cidades "âncoras" para as iniciativas tomadas pelo Governo Alckmin na implantação do modelo conservador e autoritário de regionalização, e da reeleição em Cubatão. Essas vitórias e possíveis alianças com administrações lideradas por partidos aliados, podemos criar as condições para fazer a disputa de rumos das políticas públicas para as regiões metropolitanas e aglomerados urbanos.
 
As eleições de 2012 reforçam a nossa implantação no estado de São Paulo. Crescemos em todas as regiões. O PT se consolidou em pólos regionais importantes. Cabe um destaque para Campinas e Taubaté onde não obtivemos vitórias no segundo turno, mas cidades em que as nossas candidaturas, mesmo com muito potencial eleitoral, foram lançadas com o objetivo de construção partidária. Essas candidaturas polarizaram os debates, projetando lideranças para a organização do PT e para futuras disputas.
 
Importante ressaltar o processo de renovação de lideranças que passa o PT paulista. Esse processo ocorre sem ruptura com os antigos quadros políticos. O nosso partido se renova valorizando a herança administrativa e política. Uma renovação inspirada na nossa história.
 
As eleições municipais também demostraram uma nova correlação de forças políticas no estado mais importante do Brasil. Criamos as condições, com uma acertada política de alianças, tanto no primeiro turno, como no segundo turno, de construção de um campo político no estado que sustente a formulação de um projeto alternativo ao PSDB e aliados. É preciso darmos mais ênfase às nossas propostas para um novo modelo educacional e de saúde no estado. É preciso enfrentarmos o esgotamento do modelo de segurança pública (é só olharmos a escalada do aumento da violência e o avanço do crime organizado entrincheirando as forças policiais). Temos todas as condições de apresentarmos ao interior do estado um projeto de desenvolvimento regional que garanta a descentralização do desenvolvimento econômico (enfrentando ao modelo tucano de pedagiamento, que inviabiliza o escoamento da produção do interior). O PT tem todas as condições políticas de liderar uma formulação que dialogue com a juventude, que mostre a viabilidade de um projeto de desenvolvimento para o estado que seja sustentável.
 
A força das urnas também dá ao PT o respaldo para que pautemos as reformas necessárias para o Estado Brasileiro. A Reforma Política e Eleitoral, a Reforma Tributária, o avanço da democratização da comunicação social, Reforma do Pacto Federativo, a Reforma do Judiciário. É preciso que o PT não flexibilize a sua vocação por um Estado cada vez democrático e que respeite os direitos individuais como manifestação do Estado de Direito e da própria democracia. Temos que zelar cotidianamente pelas "vitórias da humanidade" como a presunção da inocência (o inverso é a predominância do autoritarismo e da força típica de regimes despostas). O PT não pode flexibilizar seus princípios democráticos e suas aspirações socialistas que fizeram com que nos tornássemos o maior partido do Brasil e um instrumento de construção de um país que, efetivamente, seja de todos os brasileiros.
 
Vale aqui dar um destaque para as nossas bancadas, estadual e federal, ao senador Eduardo Suplicy e aos ministros do Governo Dilma pela dedicação na construção da tática eleitoral por todo o estado de São Paulo.
 
Queremos agradecer também a mobilização dos movimentos popular e sindical e dos militantes do nosso partido, de todas as nossas lideranças, vitoriosas ou não, que defenderam com muita garra as bandeiras do Partido dos Trabalhadores, levando o nosso programa partidário para os 604 municípios onde disputamos as eleições.

Executiva Estadual do PT do estado de São Paulo

Rede globinho safada !!

Faço uma aposta com O Globo Corrupções Ltda, hoje, dois anos antes das eleições gerais de 2014, que para a presidência da República o nordeste estará todo com o PT e votará Dilma presidenta. Quer apostar?

Somos todos mensaleiros !!

Somos todos Mensaleiros diz senador do PSDB

Senador tucano chama colegas de ladrões e provoca revolta

Mário Couto defende a análise patrimonial de todos deputados e senadores 

Fernanda Krakovics

O senador tucano Mario Couto discursou no plenário da Casa nesta terça-feira
Foto: O Globo / Ailton de Freitas

O senador tucano Mario Couto discursou no plenário da Casa nesta terça-feira O Globo / Ailton de Freitas
 
Um discurso do senador Mário Couto (PSDB-PA), na tribuna do Senado, chamando os parlamentares de "ladrões", dizendo que a corrupção é generalizada na política brasileira, e defendendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a evolução patrimonial de todos os deputados e senadores, na tarde desta terça-feira, provocou protestos de seus pares. O tucano elogiou o julgamento do mensalão, mas afirmou que ele não é suficiente.
- São dezenas ou centenas de parlamentares que estão aqui cheios de processos nas costas. Está escrito na testa: ladrão. Estão ricos porque roubaram do povo - afirmou Couto, aos berros, como de costume, na tribuna do Senado.
A primeira a se manifestar foi a líder do PSB, senadora Lídice da Mata (BA), que reagiu ao discurso do tucano:
- Não aceito esse tipo de pronunciamento. Meu partido tem senadores dignos, honestos.
Líder do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR), tentou colocar panos quentes. Ele não ouviu o discurso do correligionário, mas tentou minimizá-lo:
- Ele não fez referência a nomes. Não acredito que ele tenha generalizado. Talvez não tenha sido bem entendido.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que presidia a sessão, também protestou:
- Eu corroboro (com a senadora Lídice da Mata). Ele generalizou, sim.
Horas depois, Couto voltou ao plenário para reclamar de suposta censura do Senado ao seu discurso. O presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que tomaria providências.
- Eu quero que a palavra ladrão esteja contida no meu pronunciamento. É um direito democrático que eu tenho.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/senador-tucano-chama-colegas-de-ladroes-provoca-revolta-6586433#ixzz2AosKqObr

 

Após derrota, Serra diz a tucanos que renovação é coisa do PT !!

Por telefone e e-mail, candidato derrotado do PSDB procurou aliados e reclamou de declarações públicas em defesa de novos quadros partidários para disputas futuras

 


Bruno Boghossian e Julia Duailibi, de O Estado de S.Paulo 
O candidato derrotado do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, procurou integrantes do seu partido para reclamar da tese da renovação que passou a ser defendida por parte dos tucanos, na esteira do resultado das urnas.
Na segunda-feira, 29, um dia depois da derrota, Serra telefonou e enviou e-mails para ex-integrantes de sua campanha e aliados no PSDB paulista. Afirmou que a defesa da renovação era um tema que interessava apenas ao PT e reclamou das declarações feitas pelos integrantes do partido que defenderam publicamente mudanças no quadro partidário.
Segundo o Estado apurou, Serra disse que o PSDB estava se submetendo a uma estratégia dos petistas e que as declarações de defesa dessa tese eram uma traição à sua candidatura.
O tucano argumenta que entrou na disputa municipal depois de ser pressionado pelo partido, alegando que ele seria o melhor quadro para vencer o PT - a decisão também serviu a Serra, que, naquela ocasião, enfrentava certo isolamento partidário.
Serra também fez críticas duras a declarações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, antes mesmo do fim da votação, afirmou que "a renovação é necessária sempre e o Brasil está mostrando isso mais uma vez".
"O Serra é mais jovem do que eu e ainda tem a possibilidade de continuar a sua carreira, mas o partido, no geral, precisa de renovação. O momento é de mudança de gerações. Isso não quer dizer que os antigos líderes vão desaparecer. Eles têm apenas que empurrar os novos para a frente", disse o ex-presidente, no domingo.
A tese da renovação passou a ser defendida por políticos do PT e do PSDB após a vitória em São Paulo de Fernando Haddad (PT), cuja candidatura foi uma operação deflagrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula acreditava que, para ganhar na capital paulista, o partido deveria apresentar um nome novo e que tivesse maior inserção na classe média - desde 2000, o PT tinha como candidata em São Paulo a ministra Marta Suplicy (PT). No PSDB, desde 1996, Serra e o governador Geraldo Alckmin se revezam como candidatos a prefeito.
Outros fatores. Na avaliação que o candidato derrotado do PSDB fez a seus aliados, a derrota não se deu por uma questão de idade, mas sim por fatores que passariam pela má avaliação da gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e por sua renúncia ao mandato de prefeito em 2006, um ano e três meses depois de assumir o cargo, para disputar o governo do Estado.
Serra procurou seus principais aliados para debater a questão. Vários deles passaram, então, a criticar o discurso da renovação. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) criticou a tese da "novidade" anteontem.
"Muitos daqueles que hoje falam 'ah, o novo' imploraram para José Serra ser candidato a prefeito de São Paulo", disse Aloysio, na tribuna do Senado.
O ex-governador Alberto Goldman diz que o partido não deve mirar a idade para escolher seus quadros. "Dizem que a renovação é a escolha de pessoas jovens, mas isso é bobagem", afirmou o tucano.

Dora Kramer desnorteada


"Renovação é coisa do PT", diz o "duro de matar" Serra !!!

Após a derrota, candidato tucano José Serra disparou emails e telefonemas a aliados criticando a proposta de rejuvenescimento do PSDB, feita pelo ex-presidente FHC; a ele, Serra dirigiu impropérios impublicáveis; nesta quarta, Elio Gaspari, amigo de Serra e FHC, sugere que o partido não renove apenas suas pessoas, mas também suas ideias 31 de Outubro de 2012 às 08:43 247 – José Serra é, para a política, o que Bruce Willis representa para o cinema. Em 2010, ao ser derrotado por Dilma Rousseff, fez seu discurso dizendo um “até breve”. Em 2012, após a derrota para Fernando Haddad, afirmou que saía da disputa “revigorado e com ideias novas”, ou seja, pronto para futuras batalhas. Antes mesmo da apuração das urnas, quando não se conhecia o resultado oficial mas já se pressentia que Serra seria derrotado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso propôs a renovação do PSDB, ao dizer que “a renovação é necessária sempre e o Brasil está mostrando isso mais uma vez”. Serra não gostou. E em telefonemas e emails disparados a aliados nos últimos dias, ele passou a dizer que “renovação é coisa do PT”, além de dirigir impropérios impublicáveis a FHC. Ou seja: ele se mostrou disposto a continuar lutando por espaços num partido que tenta se livrar dele. Muitos tucanos gostariam de já sacramentar Aécio Neves como candidato à presidência em 2014 e Geraldo Alckmin à reeleição no mesmo ano. A Serra, restaria tentar o Senado. Ele, no entanto, não parece disposto a ceder. E assim como Bruce Willis pode protagonizar diversas batalhas – a série “Duro de Matar” já produziu cinco filmes e, em todas, o protagonista sobreviveu. No entanto, nesta quarta-feira, um dos melhores amigos de José Serra (e também de FHC), o jornalista Elio Gaspari, sugere que o PSDB renove não apenas seus quadros, mas também suas ideiais, eliminando o que chama de “demofobia”. Leia: Uma vinheta da eleição paulistana Elio Gaspari Em agosto, quando o candidato Fernando Haddad prometeu a criação de um Bilhete Único Mensal, pelo qual o cidadão poderia comprar um passe livre para os ônibus municipais, a marquetagem tucana acusou-o de propor uma taxa, um "bilhete mensaleiro". Dividia-se o eleitorado em dois grupos. Um, que já foi a Londres, Nova York ou Paris e sabia que esse tipo de bilhete com desconto não é uma taxa, pois ninguém é obrigado a comprá-lo. Noutro grupo estava a população que usa os ônibus. Para ela, bastava fazer a conta: se o novo bilhete custar R$ 150 e o cidadão fizer duas viagens por dia, a tarifa de R$ 3 cai para R$ 2,50. Com o início da propaganda eleitoral gratuita Haddad tinha 16% nas pesquisas, bem atrás dos 35% de Celso Russomanno, que sobrevivia ao raquitismo de seu tempo de exposição e de uma ofensiva de parte da hierarquia católica. Uma semana antes da eleição, o "fenômeno Russomanno" começou a evaporar. Na véspera, tinha 27% das preferências. Abertas as urnas, ficou com 22%, fora do segundo turno. O que houve? No final de setembro Russomanno prometera a cobrança de tarifas diferenciadas nas viagens de ônibus. Simples assim: quem anda muito pagaria mais, como quem viaja muito é o trabalhador, lá vinha tunga. Até hoje a explicação mais convincente para a implosão de Russomanno está na migração dos eleitores mais pobres. Perceberam o perigo e saltaram. O tucanato, que condenara o Bilhete Único Mensal acordou e, no segundo turno, correu atrás, propondo a extensão da sua validade. Desde 2004, quando a prefeita Marta Suplicy foi a primeira a instituir essa modalidade de tarifa numa grande cidade brasileira, governantes e candidatos do PSDB olham para a iniciativa com cara feia. Primeiro porque criticavam-na nos seus aspectos técnicos. Depois, porque ela parecia coisa do adversário. Acordaram com oito anos de atraso. É uma exagerada temeridade atribuir o resultado eleitoral de São Paulo ao item do Bilhete Único, mas certamente ele foi um dos ingredientes do naufrágio, pela percepção oferecida ao eleitorado. No primeiro turno uma parte dele saltou de Russomanno porque o doutor queria cobrar mais caro pelas tarifas de quem fica duas horas no ônibus para chegar ao trabalho. Não se deve esquecer que os transportecas da prefeitura defenderam a instituição do pedágio urbano para veículos sobre pneus numa cidade em que a municipalidade nada cobra pelos pousos de helicópteros. Com uma cabeça dessas, um candidato tucano poderá ganhar a eleição em Fort Worth, no Texas, pois lá está a fábrica das aeronaves Bell. A renovação de que o PSDB precisa e que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vocalizou é de nomes mas, sobretudo, de ideias. Não só de propostas novas, mas sobretudo de uma faxina nas velhas, demofóbicas. Os candidatos do PSDB deveriam ser obrigados a usar a rede de ônibus todos os dias, durante pelo menos uma semana. A experiência valeria mais que sete seminários com ex-ministros tucanos reapresentando ideias de um governo que acabou em 2002. Algo como barões do Império amaldiçoando a República em 1899, durante o governo Campos Salles.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Prefeito Luciano inaugura mais uma obra !!

Na manhã de ontem, 29, o prefeito Luciano Barbosa (PMDB), acompanhado de alguns secretários municipais inaugurou o Matadouro Público Regional Carlos Antônio Correia Costa, o Carlinhos Salvador como era conhecido, localizado no Povoado Martins. O secretário de Agricultura de Arapiraca, Manoel Henrique Cavalcante esteve acompanhando o evento.
A solenidade contou com a presença do secretário de Obras, Moyses Montenegro; engenheiro Raimilson Nascimento; secretários de Agricultura dos municípios de Girau do Ponciano, Luciano Chagas, e de Traipu, José Chico.


Localizado no Povoado Martins e distante cerca de 3 quilômetros da Rodovia AL-110, o matadouro foi construído para atender 14 municípios, incluindo Arapiraca e outras localidades do Agreste e Sertão, com o abate diário e resfriamento da carne de cerca de 250 animais, sendo a maioria de bovinos.



Na ocasião, o secretário de Agricultura, Manoel Henrique Cavalcante, revelou que o estabelecimento foi construído por meio de convênio entre a Prefeitura de Arapiraca, Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Agrário (MDA) e a Caixa Econômica Federal.
O matadouro está localizado em uma área com 105 mil metros quadrados. Dotado de modernas instalações, o estabelecimento possui três modernas câmaras frigoríficas, currais, subestação de energia, câmara para separação de vísceras, três lagoas de decantação para tratamento biológico, de acordo com os padrões exigidos pelo Ministério da Saúde e da Agricultura.




"Estou muito feliz com a entrega dessa importante obra. Nada mais justo homenagear o Carlinhos, que foi uma pessoa de grande coração, um homem simples, que sabia fazer amigos e era reconhecido por onde passava", afirmou o prefeito Luciano.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

P i G nojento !!!!!

Humor !!!!!

E a Globonews consegue derrotar Lula…


por Luiz Carlos Azenha

Eu acredito que eleição municipal é eleição municipal. Depende de questões locais.
Agora, que não dá para dizer que o mensalão derrotou o PT (já que foi usado por José Serra de forma maciça na campanha), os comentaristas políticos “especializados” da Globonews decretaram a derrota de Lula.
Lula, “por sorte”, nas palavras de uma das âncoras da emissora, venceu em São Paulo.
Veja bem: estamos falando do berço dos tucanos e do maior orçamento do Brasil.
Foi “sorte”.
Por outro lado, Lula foi derrotado em Salvador, Fortaleza, Campinas, Manaus e outras cidades importantes nas quais fez campanha.
Fato.
Falou-se muito, na Globonews, sobre a derrota do PT em seu “berço”, Diadema, mas as vitórias do partido em Santo André, Guarulhos e Mauá foram completamente omitidas.
Não casavam com a ideia de que Lula foi o grande derrotado do dia. Menos em São Paulo. Por “sorte”.
Ah, sim, José Serra não foi o grande derrotado…
PS do Viomundo: Aquela manchete do topo, segundo a qual o PSB sai fortalecido com a vitória de Haddad, vai linha do wishful thinking do chamado PIG. É a torcida para que o PSB rompa com o PT e se junte ao PSDB de Aécio Neves em 2014.

10º Festival de Poesia, Repente e Viola !!



Tem início nesta segunda-feira a partir das 20h no Mercado do Artesanato Margarida Gonçalves, o 10º Festival de Poesia, Repente e Viola, centro de Arapiraca a mais linda cidade do interior alagoano.
Repentistas de todo o nordeste brasileiro estarão se apresentando na Concha Acústica deste belo palco musical.

Declamadores do porte de Raudenio Lima (PE) e José Cícero dos Santos (AL);  repentistas como Francimiro Dantas (RN), Francisco Maia (CE), Edmilson Ferreira (PI), Rogério Menezes (PB) e Daniel Olimpio (PE), entre outros estarão desfilando suas majestosas poesias.

Ivanildo Vila Nova e seu filho Iponax comandarão a festa que se prolongará até a próxima quarta-feira, dia 31.


VAMOS TODOS À CONCHA DO MARGARIDA GONÇALVES CURTIR O QUE DE MELHOR EXISTE EM NOSSA MUSICALIDADE IMPROVISADA NORDESTINADA !!

Um tal de Julio é + 1 CANALHA perambulando por nossas vias !!

Há um hipócrita e sacana desumano até dizer BASTA que trabalha na secretaria de cultura do estado de Alagoas chamado Julio Campos.

Esse puxa saco e capanga do governa-DOR dos alagoanos está "empestado de murrinha".

Se conhecê-lo tenha muito CUIDADO, pois ele é pernicioso ao extremo.

Ele é um energúmero muito violento.





Ele é dormente(foto acima), pois NADA faz em sua labuta diária, apenas SOLTA FOGOS PELA NARINA e outros BURACOS em seu corpinho DÓCIL e vertiginoso. 


Sua aptidão pela desgraça alheia é seu maior MÉRITO.


TEM ANEROXIA PELA VERDADE (o que não é novidade por ser um antro de porcaria)

Eu Sabia...


...São Paulo TEM JEITO, sim !!!



 
Política | 28/10/2012 | Copyleft

Após vitória, Haddad diz que objetivo é derrubar “muro da vergonha” entre ricos e pobres em SP

Prefeito eleito de São Paulo celebrou sua vitória com um discurso em que ressaltou a importância da cidade como “farol do Brasil e do mundo”, mas que sofre com a desigualdade e precisa “derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre”. Com 100% dos votos apurados, ele teve 3.387.720 votos, ante 2.708.768 de José Serra (PSDB).

 
 
São Paulo – O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), celebrou sua vitória na noite deste domingo (28) com um discurso em que ressaltou a importância da cidade como “farol do Brasil e do mundo”, mas que sofre com a desigualdade e precisa “derrubar o muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre”.

“Somos uma das cidades mais ricas e, ao mesmo tempo, uma das mais desiguais do planeta. Não podemos deixar que isso siga por tempo indeterminado, ainda mais ao mesmo tempo em que o Brasil vem passando por uma das mudanças sociais mais vigorosas do mundo”, disse o petista de 49 anos, professor de ciência política da USP e ex-ministro da Educação.

Haddad falou para o público que o acompanhava no Hotel Intercontinental, na capital paulista, após ter confirmada sua vitória nas urnas. Com 100% dos votos apurados, segundo a Justiça Eleitoral, o petista teve 3.387.720 votos, o que corresponde a 55,57% dos votos válidos, contra 2.708.768 de José Serra (PSDB), o equivalente a 44,43%. O PT volta ao comando da cidade após oito anos, entre administrações de Serra e Gilberto Kassab (PSD).

Em seu discurso de pouco mais de dez minutos, o prefeito eleito agradeceu ao ex-presidente Lula (“pela orientação e apoio, e sem o qual seria impossível lograr qualquer êxito nesta eleição”) e à presidenta Dilma (“pela presença vigorosa na campanha desde o primeiro turno, pelo estimulo pessoal e o conforto nos momentos mais difíceis desta campanha).

Em diversos momentos de sua fala, Haddad disse que São Paulo é referência para o Brasil e para o mundo, e que, por isso, precisa recuperar a “alma criativa e o espírito de empreendedorismo”. Para conseguir isso, disse ele, a prefeitura precisa cumprir um papel de liderar as forças sociais.

Em crítica às últimas gestões, afirmou que a administração municipal “perdeu interesse em atrair para um trabalho parceiro” uma intelectualidade que “nunca perdeu a capacidade de pensar”. Disse também que a prefeitura “se inibiu de desenhar políticas urbanas de desenvolvimento capazes de corrigir distorções urbanísticas e de abrir novas perspectivas para a cidade”, apesar de ter “forças produtivas que nunca deixaram de crescer e progredir”.

E ainda ponderou que os comandantes da cidade deixaram de ouvir os movimentos sociais com a “constância e sinceridade necessárias”, eles que nunca “deixaram de pensar, defender e expressar as ideias e sentimentos dos setores mais desprotegidos”. Para atacar a pobreza, Haddad defendeu melhorar os serviços públicos, como uma forma de “distribuir renda, diminuir os desequilíbrios e garantir a paz social”.

O petista também fez um chamamento à união da cidade e prometeu um “projeto coletivo” para todos os paulistanos. “É hora de atrair, estimular e unir as forças paulistas para um trabalho acima de interesse individuais e partidários”, afirmou. A partir de agora, técnicos da gestão Kassab e do prefeito eleito começam a trabalhar para a transição de governo.


Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil 




domingo, 28 de outubro de 2012

Rio Branco é VERMELHO !!!



Marcus Alexandre, do PT, foi eleito prefeito da capital do Acre, Rio Branco hoje !

"Deus é meu inimigo!"


Crianças são imprevisíveis, principalmente no que pensam e falam. Suas impressões e tiradas são muitas vezes surpreendentemente cortantes pela sinceridade e concisão. Ideias que para os adultos já são tão evidentes em si mesmas que passam batidas e sem exigência de reflexão, para uma criança que as conhece pela primeira vez muitas vezes são motivos de estranhamento. Uma delas é a ideia de “Deus”. Outro dia, meu filho Gael demonstrou toda sua estranheza: “O Deus é meu inimigo!”, disparou. O que está por trás dessa afirmação de uma criança de quatro anos em um universo lúdico povoado de super-heróis como Homem Aranha e Ben 10, seus preferidos?
Um dia Gael virou para minha esposa e falou com convicção: “O Deus é meu inimigo!”. “Mas o que Ele te fez?”, perguntou Tatiane pega de surpresa com uma afirmação tão dura. “Todos têm medo do Deus. Eu só tenho medo dos meus inimigos e vilões. Então, o Deus é meu inimigo”, concluiu em um evidente silogismo aristotélico. A aproximação dos termos “inimigos” e “vilões” torna claro que Gael não se referia a inimigos pessoais, mas os vilões dos super-heróis com os quais ele se identifica. Um herói teme seus inimigos (o início da sabedoria dos super-heróis) para depois encontrar o ponto fraco e vencê-los.
O que me surpreendeu foi a sua concepção de Deus como uma entidade punitiva e grave que impõem respeito através do medo. Gael não estuda em uma escola religiosa, mas pedagogicamente crítica, construtivista e laica. Certamente tal concepção não foi passada diretamente em aulas de religião, catecismo ou mesmo Filosofia. Se ele não recebeu essa concepção de Deus de forma doutrinária ou religiosa, só pode ter apreendido indiretamente dentro do contínuo cultural no qual estamos imersos.
O interessante no silogismo de Gael é de um lado a identificação com os super-heróis e a forma que eles os confronta com Deus em seu raciocínio. Gael quer pensar pela lógica dos super-heróis, onde Deus, que causa temor, só pode ser seu inimigo.
Deus no contínuo cultural

O inferno: mais facil de se apreender
intelectualmente do que a definição
difusa e abstrata de Deus

Para destrinchar o duro raciocínio sobre Deus feito por Gael, temos que começar tentando entender de onde ele tirou essa percepção sobre Ele, em uma época onde as religiões e as representações midiáticas aparentemente aproximam-se das concepcções como o amor, compaixão e perdão – a visão sobre Deus que Jesus trouxe em suas mensagens que estão descritas nos evangelhos do Novo Testamento bíblico. Jesus teria trazido essa nova dimensão de Deus, abandonando o “olho por olho, dente por dente” do Velho Testamento, de uma divindade intolerante e punitiva.
Karen Armstrong no seu livro Uma História de Deus, citando James Joyce que dizia que estava cansado de ouvir falar nos sermões sobre o fogo do inferno, sempre achava na infância que essas ideias eram mais poderosas do que a de Deus: fogo e inferno eram mais facilmente apreendidas intelectualmente, enquanto Deus sempre foi uma entidade difusa e abstrata. “O que é Deus? É o Espírito Supremo, o Único que existe por Si Mesmo e infinito em suas perfeições. Não surpreende que isso pouco significava para mim”, raciocina a autora.
Armstrong descreve seus estudos ao se tornar noviça em uma ordem religiosa onde se dedicou à apologética, teologia, às Escrituras e história da Igreja. Para ela, “Deus entrava muito pouco nessas coisas. Pareciam que se concentravam mais em detalhes secundários e nos aspectos mais periféricos da religião”.
De palpável a religião parece apresentar dois aspectos: as instituições com suas normas, estrutura verticalizada e organização e o senso de “numinoso” como define o historiador das religiões Rudolf Otto (A Ideia do Sagrado, 1917) como um impulso paradoxal do ser humano – orgiástico e selvagem e ao mesmo tempo a humildade e o assombro diante da presença de forças misteriosas a todo aspecto da vida. Em outras palavras, o impulso pela transcendência, de superar a si mesmo e aos limites que confinam a existência humana.
Não demoraria para que esse anseio por transcendência entrasse em choque com a religião institucionalizada. Quando Jesus explicitou isso ao dizer aos seus discípulos que jamais seria o detentor único dos seus poderes (qualquer um seria se tivesse “fé”), isto é, ao dizer que ter “fé” não era adotar uma teologia correta, mas cultivar uma atitude interior de entrega a Deus entrou em choque com o fervoroso monoteísmo dos rabinos.
A partir daí até a institucionalização da Igreja Cristã em II DC, esse impulso transcendente potencialmente contrário a qualquer institucionalização terrena, é racionalizado e aprisionado nos dogmas e na oposição “ortodoxia” versus “heresia”. Não é à toa que a “heresia” dos gnósticos (conjunto de seitas sincréticas surgidas no início a Era Cristã) compreende esse núcleo místico da fé cristã e se opõe ao Deus Demiurgo da Igreja, como um Deus intolerante e vingativo, assim como seus mandatários terrenos que implacavelmente perseguirão os heréticos.

Deus no contínuo cultural midiático
Portanto, nesse contínuo cultural (produtos midiáticos, literatura, contos infantis etc.) certamente encontram-se dispersos esses dois traços da necessidade religiosa humana: de um lado a ortodoxia de um Deus punitivo e autoritário em cada final moralista de um conto infantil, em cada produto cultural midiático onde quem quebra a ordem ou desobedece é duramente punido pelo destino e assim por diante; e, do outro, o impulso “numinoso” por transcendência manifestado pela revolta de Gael contra esse Deus “inimigo” – os gnósticos, por exemplo, o chamariam de “Demiurgo”.
Heróis e Super-heróis
Homem Aranha, Ben 10 e toda uma galeria de super-heróis atuais descendem de um movimento pendular do mito do herói entre a dimensão trágica e épica. Nas suas dimensões épicas, o herói (para os gregos, aquele que vive numa posição intermediária entre os deuses e os homens, em geral filho de um deus e uma mortal – Hércules, Perseu) reúne atributos que transcendem as condições do homem comum: fé, coragem, determinação, renúncia (martírio), paciência etc. Um herói tipicamente guiado por ideais nobres (liberdade, fraternidade, sacrifício, moral, paz) com atributos necessários para superar problemas de dimensões épicas.
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São Paulo volta ao comando do POVO !!!


Após oito anos, o PT volta ao poder na maior cidade do país com o triunfo de Fernando Haddad, 49, eleito prefeito de São Paulo após vencer José Serra (PSDB) no segundo turno. A conquista da prefeitura paulistana representa uma vitória pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que bancou a candidatura de Haddad, e, mesmo entrando tardiamente na campanha por conta da recuperação de um câncer na laringe, ajudou o ex-ministro da Educação a sair de patamares de 3% nas primeiras pesquisas de intenção de voto e chegar à reta final da disputa na liderança.

PORQUE HADDAD DEVE GANHAR !!!

Nas duas vezes em que o Partido dos Trabalhadores administrou a cidade – com Luísa Erundina e com Marta Suplicy – seu desempenho foi excelente.

Saiu na carta Maior:


Por que Haddad será eleito

Tempos novos pedem homens novos. Estas eleições são as primeiras que se disputam sob a vigência da Ficha Limpa. E, ao contrário do que muitos temiam, o julgamento da Ação 470, pelo STF, em nada influiu sobre o comportamento dos eleitores que estão aprendendo, sim, a votar de acordo com os seus interesses e os de suas comunidades.

A menos que haja um terremoto de oito pontos na escala Richter, ou os céus derramem de novo o dilúvio – e desta vez só sobre São Paulo – Fernando Haddad deverá ser eleito hoje prefeito da maior cidade do Hemisfério Sul.

O ex-ministro da Educação não é ainda uma figura carismática da política, mas sendo homem jovem, não lhe foi difícil comunicar-se com a população. Homem de boa formação, soube dialogar com os auditórios de classe média e, não sendo de postura arrogante, tampouco teve dificuldades em conversar com os que sofrem na periferia. Além disso, a candidatura de seu adversário, fora outras dificuldades, arrastava o fardo da administração Kassab. Os paulistanos queriam mudança.

A cidade de São Paulo é, em si mesma, realidade política própria – pela densa população, pela identidade cultural, e pela economia que, há quase cem anos, é a mais importante da federação. Os poderes de fato da grande cidade raciocinam com pragmatismo e, em certo momento da campanha do primeiro turno, perceberam que não deviam ver o candidato do PT como ameaça aos seus interesses. Contra os seus interesses, sim, seria a eventual vitória de Russomano, comparável a uma caixa preta indevassável.

É certo que esses poderes não decidem, por eles mesmos, uma eleição desse porte, mas ao reduzirem seu apoio a Serra – que já iniciara a corrida com os pés amarrados a uma rejeição pesada – favoreceram, de alguma maneira o candidato do PT. Essa postura se deve à circunstância de que, nas duas vezes em que o Partido dos Trabalhadores administrou a cidade – com Luísa Erundina e com Marta Suplicy – seu desempenho foi excelente. Com todos os problemas crônicos da cidade, que se explicam no mau planejamento do passado e a conseqüente expansão urbana desordenada, e a manifestação aguda dessas dificuldades – sobretudo com as enchentes, apagões e violência -, o PT agiu com zelo e prudência quando governou a capital.

Essa prudência e esse zelo contrastam com os últimos oito anos de governo dos tucanos, que transformaram São Paulo em uma cidade inabitável, conforme denunciam os mais conhecidos e respeitáveis intelectuais brasileiros, que redigiram e assinaram o manifesto em favor de Haddad – que pode ser lido nesta Carta Maior. Como se sabe, e o Manifesto destaca, o programa de governo de Haddad nasceu dos encontros com a população e com ela foi discutido exaustivamente. Seu propósito é o de devolver São Paulo ao humanismo e ao sentimento de solidariedade de todos para com todos os seus habitantes.

Esse passado a ser corrigido, somado às condições conjunturais da política, deu impulso à candidatura proposta por Lula. Houve também o convencimento político de Marta e de Erundina, de que não podiam fazer da presença do tempo de televisão de Maluf a razão para entregar a Serra a prefeitura. As duas engoliram em seco o que lhes pareceu demasia, e ajudaram a campanha, exatamente ali onde seus conselhos são mais ouvidos: na periferia.

Tempos novos pedem homens novos. Estas eleições são as primeiras que se disputam sob a vigência da Ficha Limpa. E, ao contrário do que muitos temiam, o julgamento da Ação 470, pelo STF, em nada influiu sobre o comportamento dos eleitores. Em todos os lugares, em que ganhou e perdeu e em que ganhará ou perderá hoje, o PT esteve e está sujeito ao seu desempenho próprio na circunscrição eleitoral em questão. Os eleitores, ao contrário do que, de um lado e do outro, podem pensar candidatos e partidos, está, sim, aprendendo a votar de acordo com os seus interesses e os interesses da comunidade.

Por tudo isso, pela sua gestão como Ministro da Educação, em que atuou decididamente para levar os pobres à Universidade, e mais o prestígio de Lula e Dilma, o que não é pouco, Haddad deve ganhar, e com folga, as eleições de hoje em São Paulo.